2010/04/13

UM PASSEIO À BEIRA-MAR

Decidi ir dar um passeio à beira-mar. Estava a caminhar na areia quando vi um telemóvel largado perto das rochas.
“Olha, algum distraído perdeu o telemóvel por aqui”, mas enquanto me aproximava pus-me a pensar: “Espera. Se calhar ninguém o perdeu. Se calhar surgiu aqui sozinho...


Fui para casa e comecei a ler artigos, fazer cálculos, pesquisar, realizar experiências... e cheguei a uma conclusão: ele surgiu ali do nada, por acaso. É uma possibilidade, ainda por cima não andava por ali mais ninguém, e apareceu num sítio tão escondido. É isso, surgiu!

Estava convicta disto quando um amigo me disse que a minha ideia era simplesmente patética. Toda a gente sabe que os telemóveis não surgem do nada.
Então decidi argumentar:
- O facto de todos os telemóveis que tenhas visto terem tido um fabricante não implica que este tenha tido. Porque é que achas isso?
- Porque a lógica mostra-nos isso. Porque são fortes as evidências de que haja um fabricante. Porque nunca vi um telemóvel surgir do nada!
- Evidências e lógica não provam nada. Prova-me que este telemóvel teve um fabricante! Porque é que não pode ter surgido sozinho? Pode ter sido...
- É altamente improvável, diria impossível. E eu não te posso provar isso. Mostro-te evidências, mostro-te a resposta que faz mais sentido, mas não posso voltar ao passado para que vejamos o que se passou...

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