2010/10/17

OS HOMENS CEGOS, O ELEFANTE E O ZOO

Já devem ter ouvido falar da velha ilustração dos homens cegos e do elefante...
Uns homens cegos encontram um elefante [e como sabiam que era um elefante?]. Cada um toca numa parte diferente do elefante e fica convencido que a sua explicação é a correcta: um toca na tromba e diz que um elefante é como uma árvore, outro pega na cauda e diz que é como uma corda, etc. Contudo, não percebem que as suas descrições são incompletas. O mesmo acontece com as religiões: cada uma tem acesso a uma parte diferente de Deus, cada uma é uma parte dessa verdade completa.
Mas para se saber que cada religião é apenas uma parte do conceito total de Deus, tem que se ser capaz de ver Deus em toda a sua plenitude e entender como cada religião reflecte uma parte dessa imagem completa.



Aqui fica uma versão alternativa da história (muito mais esclarecedora, diria eu):
Como uns homens cegos estão à procura de um elefante para saberem como ele é, decidem ir ao zoo.
Um chega ao primeiro animal que encontra – um camelo – e conclui que é um elefante: é peludo, tem duas bossas e quatro longas pernas.
O segundo passa pelo elefante ignorando a indicação em Braille; encontra mais à frente uma avestruz e decide que é um elefante: com penas, duas pernas e um bico.
Um outro homem acabou por ir parar à zona do elefante mas, alheio a tudo à sua volta, apenas tacteando, conclui que um elefante é como um castelo: tem quatro colunas fortes (as patas) e duas grandes setas à porta (os dentes).
Por fim chega lá o último homem, tendo consultado as indicações que havia pelo zoo e perguntando a um tratador, para se certificar que estava no sítio certo.
Chegando mais perto, o homem murmurou para si: “Queria tanto saber como é um elefante...” De imediato, a sua visão tornou-se clara e ele pôde ver o elefante por inteiro, e teve também uma interessante conversa com ele.

Mais tarde, falando com os seus amigos, o homem percebe que eles têm ideias absurdas sobre o elefante. Explica-lhes que um encontro com ele pode literalmente abrir os seus olhos e ouvidos, revelando-lhes também a natureza interior dele. Alguns deles acreditaram e voltaram ao zoo para verem por eles próprios. Outros ignoraram-no e chamaram-no de louco.


Um dos homens ainda esteve perto, ainda teve uma percepção – embora limitada – do elefante... mas só um verdadeiramente o encontrou, estando aberto ao que ele lhe queria revelar.

Na busca por Deus, as pessoas tacteiam à sua volta, buscando saber o que não podem saber por si mesmas. Muitas entram no sítio errado, ignorando as placas que lhes apontam o único Deus. Outras estão demasiado ocupadas com prazeres e actividades.

As diferentes interpretações de Deus não são necessariamente diferentes aspectos da mesma realidade, mas descrições de coisas completamente diferentes. Não é um elefante, mas um camelo ou uma avestruz.

Texto adaptado de Chris Knight: http://www.bethinking.org/resources/the-blind-men-the-elephant-and-the-zoo.htm

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